segunda-feira, abril 02, 2007

Alright, Still



Pronto, descobri o meu guilty pleasure de início de ano.

Friday Night

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Esperando o Notes




A longa espera chega hoje ao fim quando dou por mim a ir ver a ante-estreia deste filme que espero desde que ainda estava em argumento. Não por ter lido o livro, que espero fazer, mas sim por juntar finalmente e em "combate" estas duas senhoras actrizes, depois de nem terem uma única cena conjunta em "The Shipping News". Também o excelente Bill Nighy anda por lá, por isso tenho uma bela noite de cinema pela frente.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O rescaldo

Bem mais um ano de óscares e uma agradável distribuição de prémios. Com Scorsese a ser reconhecido finalmente. Só espero que o facto de ter levado melhor filme não seja um enterro prematuro.

Quanto às interpretações a surpresa foi Alan Arkin e devo confessar que foi o único que me fez saltar da cadeira de alegria.

Resumindo, e não abonando em relação à Academia, temos:

Jennifer "Quem?" Hudson=1

Kate Winslet, Julianne Moore, Ellen Burstyn, Joan Allen, Peter O'Toole, Edward Norton= 0???????

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Clarone

Hoje aprendi uma nova palavra e descobri um novo instrumento. Obrigada Sérgio pela descoberta.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Los oscar(e)s



São esta semana e eu não seria eu se não postasse sobre o assunto. Aqui em cima estão as minhas claras preferências para o galardão máximo. Mas do que eu quero mesmo falar é duma vez por todas darem a a palmadinha nas costas de Scorsese que com o que ele já deu à indústria, os prémios deviam chamar-se Marty's.

Também quero falar da interpretação. Acho que desde os últimos anos não houve tanta certeza em relação a quem ia ganhar os quatro prémios para actores. Não sei se era eu a distraída, mas nunca me apercebi da quantidade de entregas de estrelinhas que acontecem antes dos oscares. Aliás, estes são mesmo o fecho da temporada. Normalmente começava tudo de novo já agora em Berlim, mas este ano o festival mais parece a revisão da matéria dada, o que serve bem os puristas de Cannes como a abertura oficial da nova época. Cá para mim começa tudo num belo cantinho chamado Sundance, veja-se o caso de Little Miss Sunshine. O que me leva de volta à interpretação.

Não vi a Raínha, mas nao preciso de ver para saber que Helen Mirren é uma senhora actriz por isso parece-me bem dado. E já que é para a Meryl Streep, a Judy Dench e mais uma vez a Kate Winslet não ganharem, que seja com alguém de imensa qualidade e não uma Halle Berry qualquer. Vi o The Last King of Scotland e não vi mais nenhum dos outros nomeados. Mas posso falar de carreiras. Forrest Withaker é um grande actor e até já o vi fazer melhor que aqui. Mais uma vez concordo. Até porque DiCaprio está a receber um nos próximos anos. Gosling deve ter tido sorte no papel, porque normalmente tem uma certa tendência para o enjoadinho de ressaca. Will Smith nem comento. Já Peter O'Toole todos vimos o suficiente para saber que é dos melhores actores vivos. Qualquer um dos dois fica bem com o prémio. Pena O' Toole já ter sido apontado para o de carreira.

No que é para mim o melhor conjunto de nomeações, os actores secundários, que até são geralmente são dados a surpresas, é o factor blockbuster que vai dar cabo de tudo. Não vi o "Dreamgirls" mas parece-me que vai seguir a tradição dos últimos anos da academia premiar filmes musicais. E se forem biopics ainda melhor. O filme não está nas categorias principais, valha-nos, mas está forte como tudo nos secundários. Eddie Murphy sempre foi um outsider apesar de só fazer grandes sucessos. É um actor de comédia impecável, mas não é nessa qualidade que está nomeado. Dos seus concorrentes só não vi Djimon Hounsou que já foi nomeado antes e tudo porque é um óptimo actor. Wahlberg é a personagem menos chata de Departed, a par de Jack Nicholson que só não está aqui porque já ninguém dá uma nomeação para secundário a alguém do seu estatuto. Alan Arkin marca a diferença no filme. Ou seja há um Little Miss Sunshine até e outro depois da sua personagem morrer. E Jackie Earle Haley está assombroso em Little Children. Qualquer das atribuições sem ser a Murphy ou a Wahlberg, ganha um contorno quase político que não sei se a Academia quer assumir.

O mesmo acontece nas actrizes secundárias, que são de longe o conjunto mais invulgar (a par da quantidade de mexicanos nomeados no geral). Ora temos quatro nacionalidades diferentes e quatro "newcomers" junto a uma veterana com menos de quarenta anos e um oscar no bucho. Só a título de curiosidade, duvido que as outras todas juntas tenham feito mais filmes do que apenas Blanchett e por conseguinte a quantidade de prémios que já ganhou. Repito, não vi o "Dreamgirls" e também não vi o "Notes on a Scandal". Em relação a Jennifer Hudson, tem o sonho americano chapado na história e na cor de pele. É a mensagem ideal para um país com falta de confiança. Perdeste os Ídolos mas não te preocupes que ganhas um Oscar. A única que se lhe podia opor em força era Blanchett, mas o prémio recente bem como a sua tendência em ser nomeada frequentemente (para o ano já se fala que ninguém lhe fará frente com a sequela de "Elizabeth"), fazem-na uma boa perdedora. Aliás é a actriz do ano. Tem três filmes nomeados em diferentes categorias, incluindo um para melhor filme. E nesse filme estão as excelentes Rinko Kikuchi e Adriana Barraza, as grandes forças de interpretação no turbilhão que é Babel. A nomeação é gigante para as duas, sendo que as anula ao mesmo tempo. Eu cá vou torcer por Abigail Breslin. é o vortex de Little Miss Sunshine e é sempre giro ver pequenos talentos a subir ao palco de milhares de dólares do mundo dos adultos.

Só uma pequena nota para o oscar de carreira para Ennio Moriconne. É completamente merecido mas segue a tendência da academia em "enterrar" talentos vivos.

De volta



Depois de algum tempo sem actividade voltei. É incrível como podemos estar fora sem nunca termos saído do sítio. No meu caso nem é bem verdade, já que estive em Sevilla e em Bruxelas desde que o ano começou. Não tenho sempre a mala feita, mas está sempre pronta a ser preparada. E eu que nem gosto muito de fazer malas.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Historias

Provavelmente somos todos pré-escritores. Com tanta coisa para nos inspirar com apenas abrir os olhos ou respirar com mais certeza. O problema estará talvez na escolha do tema. Xa ver, aqueles lizandros tan bonitos fizeram-me lembrar daquela vez quando era jovem e percorria aquele caminho para ir para a vila.
Somos todos talvez não assumidos contadores de histórias. Se não, qual a razão para enchermos as nossas conversas de tão aborrecidos pormenores? Todas as estradas são iguais. As flores nascem em todo o lado. As crianças e os animais também. Safa! E há sempre a indicação temporal. O verão mais quente da década ou aquelas chuvas, lembras-te que inundaram aquele aldeiazinha no ribatejo. Pelo amor de Deus, ande lá com isso. E depois claro, vem o conhecido que conheceu aquele que depois foi e mandou cumprimentos por aquele que voltou. Ah, e a roupa claro. A referência estética porque os olhos também ouvem. E agora que já não se usa aquelas saias. Eram tão bonitas. Fica-se a achar que afinal só podem estar a gozar com a nossa cara. E a conversa que começou no milheral acaba com a Matildinha a guardar orgulhosa o I Pod na manga de balão. Claro que nós perdidos. Mas também já estávamos desde o início por isso o melhor É mais um café se faz favor!

terça-feira, novembro 21, 2006

Sem titulo

Sempre me disseram para sorrir mais. Nunca percebi bem porquê. A verdade é que nunca gostei muito do meu sorriso. Tenho a absoluta certeza que fico com cara de parva. É quase uma espécie de plateia com dois dentes desiguais na primeira fila que tapam a vista ao resto. Outro comentário típico era que devia ser mais positiva. Esse então nunca o compreendi bem. Com tanta coisa de merda que acontece à nossa volta o que deviam achar estranho é não sermos todos tendencialmente suicidas. E depois aquele esgar de desistência, É a vida!!... Claro que é. Há mais alguma coisa? Uma flor branca num campo verde. Um por de sol na praia. Uma cascata. O sorriso de um bébe. Porque será que cada vez que nos encontramos com algo que nos traz alegria julgamos ser os únicos do mundo capazes de o sentir? Repito. O que há mais? Talvez porque se estivessemos sempre a sorrir estes momentos deixavam de ter importância. Claro, resposta óbvia. Que perda de valor totalmente evitável pensariam os mais profundos. A vida é feita de compensações. Pois sim. Digam isso àquele menino que nasceu sem um braço. É uma criança muito amada. Está sempre alegre e é muito inteligente. Claro está. Meia dúzia de adjectivos e temos uma existência numa linha. E um sorriso no final, para mostrar como és feliz. Um conformado que sabe mostrar os dentes. E o conforto que invade a audiência.
A vida é feita de compensações. E lá voltam eles. Felizes sim. Mas porque levam os sacos numa e fazem festinhas ao seu amor com a outra. Com aqueles sincronizados arrepios do Safa, ainda bem que não me aconteceu a mim. Isto tudo para dizer que isso de termos de ser mais positivos é uma grande treta. A coisa simplesmente nem se põe. Está lá. Faz parte da formula. Somos uma parada de positivismo. E sem audiência porque se os houve, os negativistas, esses grandes malandros, também já lá não estarão para ver. Foram por outro caminho. É claro que o mais curioso é que nem devem ter encontrado o que procuravam.
E mesmo quem não tem dentes pode sorrir.

Hello Miss Mckay



Nellie Mckay tem o bom do mau fígado de Fiona Apple, a preferência pelo piano e pelas fugas à melodia de Tori Amos, a postura de Nina Simone e evoca tons como os de uma Maria Muldaur ou uma Dusty Springfield. Em uma palavra, é viciante.

Dois álbums a descobrir: Get away from me e Pretty Little Head.